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Parque aquático em Olímpia (SP) é o mais visitado do Brasil e da América Latina e o quarto no mundo, segundo ranking da Aecom  

 

Vista da montanha-russa aquática no parque Thermas dos Laranjais, em Olímpia (SP)

Pouca gente sabe, mas aqui perto de Campinas, há cerca de 350km, na Estância Turística de Olímpia, está o Thermas dos Laranjais, parque aquático mais visitado do Brasil e da América Latina e o quarto do mundo, de acordo com a Aecom Theme Index and Museum Index, instituição que estabelece o ranking das categorias parques aquáticos, temáticos e museus do planeta. Em 2016, o parque recebeu próximo de 2 milhões pessoas, um número bastante razoável se comparado com a população da cidade, de 53 mil habitantes. Não é brinquedo não, aliás, é brinquedo sim, para todas as idades e gostos. Em uma área arborizada de mais de 300 mil m² ele oferece 55 atrações que vão dos complexos de toboáguas até a piscina de surfe 180º, passando por praias com ondas, rio de corredeira e quadras esportivas.
E no último dia 12 de outubro, Dia das Crianças, o parque inaugurou sua nova atração, a primeira montanha-russa aquática do Brasil e uma das maiores do mundo. A atração tem 370 metros de extensão e chega a 20 metros de altura em seu ponto mais alto. O trajeto é formado por uma série de curvas, subidas e quedas em alta velocidade e inclui a passagem por túneis. Todo o percurso é feito em boias para dois passageiros, que são impulsionadas por jatos de água que correm nos “trilhos”. O uso é indicado para pessoas com mais de 1,20 de altura e cada boia suporta até 190 quilos. A atração foi desenvolvida pelo parque em parceria com a empresa Acquakita, do México.

Outra novidade que será lançada no começo de 2018 é o “Lendário”, um investimento de R$ 20 milhões na construção de um complexo de toboáguas que vai ocupar uma área de 100 mil metros quadrados. O segredo de todo esse sucesso vem das profundezas da terra, na água fervente - de 53 a 58 graus centígrados - que brota do Aquífero Guarani. Água que foi descoberta com a Paulipetro, empresa criada pelo governador Paulo Maluf na tentativa de descobrir petróleo no Interior do Estado. Encontrou água quente, que ignorou, mas o empresariado local, de olho em uma opção de lazer para a pequena Olímpia, resolveu converter a água termal em uma piscina e aí, em 1987, o empresário Benito Benatti, inaugurou a primeira piscina do parque, só para sócios.

Com pelos menos um novo lançamento por ano, as atrações são, no geral, desenvolvidas dentro do parque pelo arquiteto e vice-presidente Jorge Noronha. Os protocolos de segurança envolvem as regras de especificação do fabricante, as normas de regulamentação internacionais relacionadas a parque aquático e normas da ABNT.
ATRAÇÕES

O parque funciona 360 dias por ano e tem capacidade para receber até 20 mil pessoas por dia, média facilmente alcançada em feriados e na alta temporada. Obviamente, é de se esperar alguns minutos, senão hora na fila dos brinquedos mais procurados. As atrações vão desde inúmeras piscinas de águas quentes natural, com temperaturas que variam de 28 a 38 graus celsius. Entre as principais atrações está a piscina “Surf Master” Meia Lua, a primeira do mundo, feita com material inflável sobre uma estrutura aproximada de 2 mil metros quadrados, que utiliza um volume de 900 metros cúbicos de água e proporciona a sensação muito próxima de uma praia real para a prática do surf. Outro destaque é que a água utilizada não tem cloro, e sim ozônio.
As piscinas de ondas são cercadas de areia branca e coqueiros, o que dá realmente a sensação de estar na praia. O rio lento tem corredeira de 360m de extensão; os toboáguas gigantes têm 30 metros; além disso tem hidrobalanço, tirolesa, guerra com canhões d’água, parque infantil, ôfuros de 38 graus, piscina em que o usuário não afunda, simulando o que ocorre no “Mar Morto” e cascatas de águas quentes naturais, tudo cercado de muito verde.
Além das atrações aquáticas, o Thermas dos Laranjais oferece diversas opções de lazer fora da água, como pista de caminhada, bosques, quadras poliesportivas, um mini-zoológico, fazendinha, quadras poliesportivas (vôlei, biribol, tênis, futsal, footvolley, squash e academia de ginástica também estão entre as atrações que são destaques entre turistas e visitantes. Isso sem falar em uma rede com 32 restaurantes, bares, lanchonetes e lojas de conveniências.
ÁGUA

Toda a água usada nas piscinas (que não é pouca, cerca de 2 bilhões de litros) é direcionada para uma estação onde recebe o tratamento necessário para ser reaproveitada no próprio parque. O local possui estrutura de vestiários completos e armários, bem como posto de atendimento médico, achados e perdidos e segurança para localização de pessoas que eventualmente se percam dos seus familiares. O estacionamento gratuito comporta 3 mil veículos.
É interessante saber que dentro no parque não se usa dinheiro em espécie. É necessário trocar por um cartão específico com o valor que se deseja consumir. Para carga só se aceita dinheiro ou cheque. Cartões de crédito e débito são aceitos diretamente nos estabelecimentos.
LARANJAS
O Thermas dos Laranjais leva este no nome porque antigamente ali era uma vasta plantação de laranjas, que acabou sendo dizimada por pragas e perdendo valor no mercado. Com a descoberta do Aquífero Guarani, os empresários locais, liderados por Benito Benatti, iniciaram a construção do que seria um clube. Hoje são 35 mil sócios, mas há dois anos títulos não são mais vendidos.
A economia do município gira em torno do parque, que é responsável por 70% da arrecadação. Não só isso, o parque atraiu uma infinidade de hotéis (cerca de 100) que ficam lotados em feriados e fins de semana. São 15 mil leitos disponíveis. Cerca de 70% dos frequentadores são day use, ou seja, pagam para usar por um dia ou período. A diária para um adulto varia de R$ 80 a R$ 120,00, dependendo da época do ano. A meia entrada varia de R$ 40 a R$ 60.
A maior parte dos cerca de 500 funcionários é da própria cidade, e passa por treinamento contínuo de aperfeiçoamento e controle de segurança. Diante da grande quantidade de pessoas, 314 câmeras ajudam a vigiar todas as áreas do parque.


Texto: Jorge Massarolo
Fotos: Divulgação


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